sábado, 10 de julho de 2010

O PÚBLICO E O PRIVADO

A democracia e uma forma de convivência entre as pessoas, onde determinado grupo, através de votos e impostos, administra a “coisa” pública.
Com o fim do absolutismo e a imposição da democracia burguesa, se estabeleceu a proposta constitucionalista. Não mais o rei vai administrar, julgar e legislar. Um governo eleito pelo povo será responsável pelo executivo, um corpo de juízes executará a lei e uma câmara fará a legislação em todos os níveis do poder.
É neste momento que o cidadão que elegeu seu representante através do sufrágio universal, ou seja, todo cidadão independente de cor, religião, renda, classe social ou ideologia etc., terá o sacro santo direito de eleger seu candidato para representá-lo na administração do estado, que é sustentado com os recursos vindos dos impostos descontados da renda dos cidadãos. (Leia-se empresários e trabalhadores).
Portanto, qualquer cidadão dentro do regime democrático pode livremente emitir sua opinião, elogiando quando acertar e criticando quando errar, aqueles que foram eleitos para administrar o que é público.
Quando o indivíduo se coloca como representante do que é público, tem que estar preparado para não transformar críticas e/ou elogios que recebe como algo pessoal. Quando um cidadão critica seus representantes não está criticando a pessoa, o indivíduo, o ser humano, sua subjetividade inviolável. Sua vida pessoa, orientação sexual, ou qualquer coisa da sua vida privada, deve ser deixada de lado, deste que não atinja o que público e que não conspire contra os direitos do povo. O cidadão tem o direito constitucional de manifestar sua opinião a favor ou contra, a qualquer um, que detenha em suas mãos, os votos e os impostos do povo.
As críticas feitas de forma respeitosa e democrática devem ser bem vindas para qualquer governante. Muito mais perigoso para um governante é o galanteio, o elogio falso, daqueles que só querem receber os favores de quem administra a “coisa” pública. Aquele tem a vocação, por ignorância ou opção, de aderir acriticamente a quem o governa, pode desvirtuar qualquer governante. Dão a quem governa uma ilusão de consenso e harmonia entre o povo e o governante, que é totalmente mentirosa e enganosa.
Revanchismos gratuitos e perseguições imbecis e autoritárias, já não cabem no mundo de hoje. Assim como o povo deve respeitar as leis da Constituição burguesa, também, quem foi eleito para administrar o estado deve respeitar qualquer cidadão que manifesta livremente o soberano e livre direito de livre expressão, dentro da regra do jogo democrático burguês. Quem não for capaz de respeitar a Constituição, não se coloque jamais na condição de representante daquilo que pertence ao povo, que transfere para a entidade chamada estado, seus votos e seus impostos.
Um estadista sábio ouve as críticas que lhe são feitas. Elas podem servir de timão, de direção, até mesmo para o próprio governante que quer se perpetuar no poder que tanto ama. Dizem por aí que: “Eu amo Esplanada!”.
Este grupo político dominante atualmente em Esplanada, começar agora a completar, através do Sr. Diolando, um ciclo de doze anos, está incorrendo num erro comum daquele que têm sucesso naquilo que se propõe fazer. Afinal, vencer uma eleição, no princípio sem nenhum recurso, ganhar o secundo mandado consecutivo, e ainda fazer um sucessor que não tinha nenhuma trajetória política, é uma obra eleitoreira grandiosa. Porém, o orgulho, a jactância, a vaidade e a subestimação dos adversários políticos, pode se tornar um erro difícil de consertar, e o projeto de domínio político de Esplanada poderá cair por água abaixo.
Um consenso democrático se constrói com efetiva divisão social da renda, para as classes mais carentes, para a classe média rural e urbana, que junto com os trabalhadores, são os que dinamizam a economia. Manipular pagamento de fornecedores, oferecer cestas básicas através dos meios de comunicação, dizer que com ações medíocres está ajudando a acabar com a fome dos “pequeninos”, poderá não servir para criar o consenso necessário para a manutenção deste grupo no poder de Esplanada.
Um grupo que manipula até mesmo seus eleitores que têm mais renda e são mais esclarecidos politicamente, pode estar esgotando este modelo perverso de administração. Apesar de levemente superior, ao seu principalmente adversário eleitoral, este grupo possui defeitos estruturais gravíssimos que a sociedade civil esplanadense pode não mais aturar e propor tranquilamente o descarte do poder deste grupo e propor algo totalmente novo!
Parafraseando uma música de campanha filantrópica da década de 80 que a rede “BOBO” tanto tocou: “DEPENDE DE NÓS!”
Professor Ari, o Iconoclasta (enviar comentários democraticamente a favor ou contra para o Orkut e Email: arivaldodesouzadanta101@gmail.com)

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