quinta-feira, 21 de julho de 2011

A analise de um colunista baseando-se em um comentário deixado no portal EsplanadaNews postada em 06/06/11 - 13-48-18

Vejam o que pessoas vitimadas pela alienação conseguem conceber para justificar sua submissão ao poder político. Primeiro chama de besteiras o que é foi dito pelos comentaristas do jornal Esplanadanews a respeito a festa de aniversário do Sr. José Aldemir.
Logo o Esplanadanews que transformou as não tão antigas fofocas em comentários cibernéticos moderados, o que melhorou muito o nível dos debates cotidianos e das discussões em nossa cidade.

A comentarista Gabriele insinuou em sua fala que existe uma espécie de corrida do ouro e que o tesouro é “ganhar” alguma coisa dos políticos. Assim funciona a Corrida do Ouro insinuada pela comentarista. O cidadão busca conseguir alguma coisa com os políticos, não conseguem, ficam frustrados e começar a “falar mal” dele. Talvez exista muita gente que aja assim. Talvez a própria Gabriele assim, faça logo que veja seus interesses pessoais contrariados.

Ela se esquece daquela camada da população que não é tão pragmática e tão interesseira e que busca votar em um projeto de governo, de administração e não somente em seu próprio interesse. Na verdade a maioria das pessoas gosta que sua visão de mundo seja universal. Se alguém discordar é besteira.

É natural que as pessoas pensem assim. Afinal, muito dão seus votos para um só governar. Resultado, o poder de legislar, administrar e alocar recursos e serviços fica nas mãos de poucos. Daí a romaria diária segundo, Gabriele para “conseguir alguma coisa” com os políticos.
É esse o jogo demoníaco da nossa democracia ainda muito imperfeita. Certamente o nosso maior problema é sermos um povo ainda muito despolitizado e inconsciente.

A única coisa que dei a esse grupo hoje ainda hegemônico politicamente em nossa cidade foram 3 votos. O que me frustra foi o mau uso deles. Vejo que governam para se perpetuarem no poder e não para o benefício da sociedade esplanadense.

Opinião de Ari, O Iconoclasta.

Esplanada, 04 de maio de 2011, às 12h47min

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CÂMERA INDISCRETA

Será que caiu por terra a ideia de que o povo é essencialmente formado por pessoas honestas? A amostragem é insignificante. Mas nem por isso deixa de chamar a atenção o fato que oito entre dez manobristas de carros em estacionamentos, furtaram moedas ou comeram bombons de chocolate encontrados nos carros que deveriam só estacionar. Detectou-se essa situação porque a Globo colocou uma micro câmera e acompanhou o comportamento desses manobristas.
Seria bom se a Globo também colocasse uma câmera 24 horas por dia acompanhando 10 empresários, 10 prefeitos e 10 parlamentares, pra ver que resultado daria. Talvez atrás da constatação a desonestidade da quase totalidade dos manobristas esteja a intenção da vulgarização da desonestidade também entre o povo, porque entre os políticos ela já está há muito tempo vulgarizada.
Que inferências pode-se tirar dessa situação? Primeiro como já foi dito, a idealização do povo é atingida. Por uma pequena amostragem, é verdade, mas nem por isso menos significante e escandalosa. Apenas 2 manobristas executaram de forma limpa e honesta seu trabalho de estacionar os carros. Não tocaram em nada que estava dentro do veículo e que pertencia obviamente ao dono.
Imaginem que Deus colocou a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal bem no centro do Paraíso para que Adão e Eva recém-criados e sem infância resistissem à tentação. Ora se oito entre dez marmanjos com infância e adolescência, portanto, potencialmente com maturidade emocional não resistiram a algumas moedas e bombons, então porque Adão e Eva iriam resistir a Árvore que os tornariam conhecedores do Bem e do Mal igualzinho ao Criador.
Se nós do povo não conseguirmos ser honestos em pequenas coisas, como exigir dos políticos que sejam honestos na administração pública? Esses manobristas podem muito bem sobreviver sem esses pequenos furtos. Será que nós eleitores também não podemos sobreviver sem as pequenas vantagens ofertadas por políticos desonestos durante uma eleição?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

TUDO EM NOME DE DEUS

Recentemente o embate do Fundamentalismo Evangélico-Cristão Norte-Americano contra o Fundamentalismo Muçulmano do Afeganistão, resultou em dois tipos de baixa. A primeira, certamente menos impactante e lamentosa, foi a queima desrespeitosa e irracional pelo pastor americano Terry Jones do livro sagrado para os muçulmanos: o Alcorão; a segunda é de causar horror. O assassinato de 12 trabalhadores da Agência da ONU em resposta a queima do Alcorão.
O que há de novo nesse embate fundamentalista religioso dos tempos modernos entre duas religiões praticamente irmãs? No conteúdo nada. Na forma sim. Quando digo forma, digo o cenário, afinal, a história não pára. Que a sede da ONU no Afeganistão é usada pelo governo americano e outros governos das nações mais ricas do mundo como agência imperialista local, isso é verdade. Mas o que não é aceitável é que um grupo de fundamentalistas muçulmanos invada o edifício da ONU para estrangular e decapitar doze funcionários.
Religião, não é para religar o homem a Deus. Religião não é para despertar nosso amor? Nossa solidariedade indistinta? Então por que esses incidentes irracionais e desumanos cometidos em nome da religião acontecem?
A religião verdadeira deve ir além das denominações, além dos budismos, além dos cristianismos e dos muçulmanismos. A religião verdadeira é universal. Transcende cor, classe social, doutrina ou filosofia de qualquer um. A verdade única e universal é que somos irmãos e que as diferenças entre irmãos, são belas e naturais, com exceção das de cunho social e econômico.
Não foi pela Terra Santa que os cristãos medievais realizaram as Cruzadas e dizimaram populações inteiras de gentios? Não foi em nome da Igreja Católica que mulheres ditas heréticas eram queimadas como bruxas?
O que isso tem a ver com religião? Eu mesmo lhes respondo: nada! Isso tem a ver com doença emocional humana. Não creio que só a determinação de interesses econômicos explique e justifique tais atos. A verdadeira religião não é o ópio do povo e nem dona de uma única verdade. A verdadeira religião é libertadora. Ao nos percebermos como iguais, não sentiremos mais necessidade dominar o outro. Essa é a verdade que políticos e religiosos buscam sempre esconder.
Até quando vamos achar correto queimar Livros Religiosos Sagrados de outras religiões em praça pública? Até quando vamos achar correto enforcar e degolar pessoas inocentes por nos achar ofendidos por quem queimou esses Livros? Até quando vamos matar para impor nossas crenças religiosas ou outras quaisquer?
Até quando a história futura vai procurar estudar, não o conteúdo, mas a forma, o cenário que justifica tais gestos de irracionalidade fundamentalista em que se queima livros religiosos e a crueldade irracional em trajes de indignação religiosa que mata pessoas?
Até quando a frase lapidar de Cazuza: “eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”, vai continuar com tanta atualidade. Vê-se nessa frase de Cazuza não só um momento de pura lucidez profética, mas também de perplexidade e cansaço existencial de uma alma sensível. Uma alma que conhecia a historia e não suportava vê-la se repetindo em suas formas mais nefastas como um museu de grandes novidades.
Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 21 de maio de 2011, às 21h30min.