sábado, 10 de julho de 2010

O ASSISTENTE SOCIAL E A CONTEMPORANEIDADE

O desafio da chamada Contemporaneidade, é o desafio da contradição da relação entre capital e trabalho, que vem se processando ao longo dos últimos trezentos anos.
“Este confronto passou por transformações, onde o papel do Estado como ‘mediador” da relação capital x trabalho, ora é estimulada, ora rechaçada. Sem que isso impeça a sua função de reproduzir as relações de exploração em que o estado burguês está estruturalmente proposto.
Durante o século passado, após a fase de acumulação primitiva e a fase do neoliberalismo, contemporâneo da Revolução Industrial, o capitalismo propôs o Bem-Estar Social, tendo o Estado como agente, processo este, provocado pelo pós-guerra, a Revolução Socialista Soviética e a progressiva politização da classe proletária.
A ação assistencialista do Estado, é uma das facetas do capital, para propor um freio a possíveis opções de acabar com seu domínio.
A função de Serviço Social entre outras funções sociais do Estado se insere neste contexto. O estado burguês preocupado em dirimir o confronto de classes através de uma política assistencialista.
O profissional do Serviço Social no Brasil, precisar passar por um processo de politização. Os dados recentes demonstram que o profissional de Serviço Social, tem baixo nível de conscientização política. Um mero profissional desta área está inserido numa estrutura de Estado burguês e não pode ser responsabilizado como classe, pela mudança da orientação assistencialista e reprodutora de relações de dominação.
É uma luta muito mais ampla juntamente a outros profissionais envolvidos na condição de trabalhadores do estado que podem mudar este estado de coisas.
O desenvolvimento da noção de cidadania junto à onipresença da coisa pública tornou o estado nos tempos moderno, o palco da luta de classes. Não se pode crer que pequenos grupos de profissionais do Serviço Social, no estado burguês e hegemônico no Brasil, em pequenas cidades, ou mesmo a nível estadual, possa mudar sozinhos a orientação meramente assistencialista.
A reorientação do estado burguês faz parte de uma luta bem ampla, onde o profissional de Serviço Social poderá ser apenas um parceiro. Um parceiro em dois níveis. O nível da atuação classista e o nível da ação individual cotidiana. Um dado novo se insere na discussão da Contemporaneidade em que o poderio da subjetividade, da ética, da ação individual, circunscrita no espaço de atuação do sujeito moderno, família, trabalho e em todas suas expressões cotidianas, na rua, no lazer, como catalisadora da transformação das relações sociais

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