sábado, 10 de julho de 2010

CRÔNICA DE UMA REELEIÇÃO ANUNCIADA

Só este título pode explicar os 9 meses desastrosos da atual gestão. Usando a crise como desculpa o atual gestor de Esplanada aparenta orquestrar a volta triunfal daquele que o escolheu para seu sucessor no poder, trazer de volta ao poder seu principal adversário eleitoral ou finalmente, provocar o nascimento de uma terceira via gestão pública que supere as lideranças já superadas.
Existe um clima de insatisfação orquestrado pela atual administração para criar um sentimento “saudade” do pior prefeito da história de Esplanada. Pior porque diante da quantidade de recursos que teve nas mãos, não fez absolutamente nada! Não colocou os recursos disponíveis a serviço do povo e sim a serviço de estruturar um grupo privilegiado no poder de Esplanada.
O que fez foi manipular a classe a classe média (É CLARO COM A CONVENIÊNCIA DELA), erguer obras de função ideológica como o Cristo e a “Centro Administrativo”e praticar o assistencialismo perverso para manter a eterna dependência da população desempregada. Desempregada porque o “CUMPADI”-MOR não se preocupou com vida das “cumadis” que continuam lavando roupa de ganho, continuam como subempregadas domésticas e com a vida de seus apadrinhados que aumentam as estatísticas dos desempregados locais, dos que migram para outros centros atrás de trabalho e do número de jovens sem perspectiva e que podem ser vítimas fáceis da droga e do crime. Por que a promessa de atrair empresas privadas com a conseqüente geração de empregos, o “CUMPADI” não teve a capacidade de cumprir. Aliás, a que governante medíocre, tacanho e provinciano interessa a geração de empregos privados que tornariam os trabalhadores livres da dependência salarial e ideológica da prefeitura?
Está em curso uma greve dos funcionários municipais que reivindicam entre coisas aumento de 30% para todos os funcionários, o repasse do FUNDEB e a definição das datas de pagamento dos salários dos servidores.
O argumento do prefeito atual é que não pode as atender as reivindicações porque houve redução de verbas. Mas aí cabe a pergunta: a redução dos recursos do FUNDEB, segundo o Prefeito, em apenas 100 mil reais mensais e a redução do montante dos recursos da prefeitura em apenas 500 reais por mês, justificam o atraso sistemático aos taxistas, ao transporte escolar e aos fornecedores? Justificam a impossibilidade de dar o menor aumento a todos os servidos e repassar o FUNDEB para os servidores da educação?
Porque a então dita carência de recursos da prefeitura permitiu ao prefeito realizar a caríssima festa do São João, a onerosa festa da Padroeira, o financiamento das atrações musicais da festa evangélica, e principalmente, onerar a folha total que não chega a 2.000.000 de reais, em 350.000 mil reais, somente na criação de cargos comissionados que não contribuíram em nada para educação ou para a melhoria dos serviços prestados pela prefeitura, a não ser para manter os privilégios de quem apóia e dos cargos de caráter consangüíneo.
O atual prefeito diz que quer atingir “um tal” de “ÍNDICE” em relação ao FUNDEB. ÍNDICE este, que quer dizer, que o prefeito deseja gastar ou já gastou todo o montante até agora de 7.000.000 MILHÕES DO FUNDEB, somente em transporte escolar, pagamento aos Diretores de curso “SUPERIOR”, os custos com 2.000 novos alunos!, O pagamento dos cargos de coordenação pedagógica e o tão famoso café da manhã. Segundo ele, estes gastos vão resultar em médio prazo na melhoria do IDEB! Qual pessoa que em sã consciência e apenas usando o bom senso vai acreditar que tais “medidas” terão impacto positivo sobre o IDEB?
Por que não buscou a melhoria do desempenho do IDEB da educação de Esplanada, entre outras coisas, através da valorização dos servidores da educação, entrega dos livros didáticos, pagamentos as livrarias que tiram xérox (as quais deixaram de tirar por falta de pagamento), pagar em dia o transporte escolar, que já deixou de rodar por falta de pagamento, “dar fim” ao quadro negro e ao giz, contratar psicólogos e assistentes sociais para ajudar a resolver os problemas da evasão e da disciplina dos alunos nas escolas?
Diante do arrazoado anterior, cabe a pergunta que não quer calar! Porque este desejo obstinado em gastar o FUNDEB com outras despesas que envolvem o pagamento de serviços e a fornecedores e não em gastos com a folha de pagamento dos servidores da educação?
A pergunta final, portanto, é: vamos ficar acomodados e reféns deste projeto maquiavélico e manipulador do povo de Esplanada, ou vamos criar desde já uma proposta política da terceira via de gestão pública justa e responsável, e que abandone tanto o grupo do Senhor Aldemir com o outro grupo que é igualmente ruim, orquestrado pelo Senhor Fernando Grisi?
Professor Ari, O Iconoclasta (Leia e comente outros textos no blog: arioiconoclasta.blogspot.com/)

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