sábado, 10 de julho de 2010

BASTA DA CRUZ, O INOCENTE ÚTIL

Basta Da Cruz, O Inocente Útil.

Nas ciências sociais ao logo do tempo, detectaram-se certas verdades. Uma delas é que comumente as classes médias, determinam o modo de pensar das classes mais pobres, são freqüentemente defensoras da moral vigente e são responsáveis pelo dinamismo da economia onde vivem. Os setores médios esplanadenses não contrariam essa relativa verdade.
Ao ter seus interesses econômicos contrariados pelo “doto”, a classe média local e parte da elite esplanadense, organizaram e investiram na vitória eleitora do “Basta da Cruz”. Tornou sua insatisfação a insatisfação da maioria do eleitorado.
A classe média ao ter condições materiais de gerar emprego, ainda que de maneira informal e explorando os trabalhadores; ser mais articulada e saber defender seus interesses, acabou em seu discurso cotidiano, por proteger, blindar ideologicamente o “Basta da Cruz”.
Nele na pega. Todos os seus os seus “erros” propositais, equívocos desavisados e ratadas homéricas, que se equivalem às suas obras faraônicas e pouco práticas, são minimizados por aqueles que têm seus interesses afagados.
Frases, tais como: “Ele confiou nas pessoas e elas o decepcionaram”, “Ele não domina a burocracia financeira e administrativa da prefeitura e as pessoas o enganaram”. Dessa forma, o “Basta da Cruz”, consegue manter uma opinião pública favorável em meio a classe média esplanadense, e, por conseguinte, entre aqueles que ela tem domínio social e econômico.
A conseqüência disso, é que o “dotô”, se tornou ao longo dos anos a própria personificação do mal. Manifestou-se então, um maniqueísmo perverso, falso e conveniente para aqueles que apresentaram o slogan demagógico “O Povo no Poder”. Porém, esqueceram de dizer que o “povo” que se referiam seria a própria família, parentes, amigos e principalmente, aqueles que deram sustentação econômica na eleição.
Do povo simples; que disputa cada refeição; que mora em casebres e que estão em plena miséria econômica e ideológica, é difícil nascer a organização de uma vitória eleitoral e de um projeto político, que muitos dizem é de ficar no poder por 30 anos!
Dentro desse grupo atualmente no poder, todo dia aparece um novo vilão. Detentores de cargos estratégicos no governo do Basta da Cruz pagam o pato do desgaste público. Não tem problema... não são políticos. São funcionários de carreira: diretores, secretários, chefes de setor, assessores de governo, freqüentemente se tornam vilões.
Em compensação, aquele que assinava os decretos, os empenhos, as nomeações e nos impôs um triste mandato do atual prefeito, o maior dos vilões, posa de bom moço, de vítima. Como se ele próprio fosse vítima do próprio político que chefia. Ele é apenas o Grande Inocente Útil. Vítima da maldade, da ambição, da falta de lealdade, de quem ele confiou. Tanta Baboseira!
Infelizmente é esse discurso mentiroso que é sustentado por aqueles que blindam ideologicamente o “Basta da Cruz”. O que querem é a sua volta triunfal... Argh! Afinal, o atual prefeito está a serviço desse esquema ideológico perverso, maquiavélico e maniqueísta imposto pelo “doto” e pelo “Basta da Cruz” aos pobres e inocentes eleitores de Esplanada..
Vejam, caros (e) leitores, ele usou seu cacife político para colocar no poder um prefeito tampão, e ainda posar de bonzinho, de decepcionado e “ajudar” nos bastidores, aqueles que sofresse as “maldades” do atual gestor. Poupe-nos de tanta manipulação! Esse esquema é engenhoso, mas não tem consistência.
Tomara que esse castelo de cartas falsas caia por terra nas próximas eleições municipais! Tanta mentira não pode durar tanto tempo. Basta que a classe média deixe de olhar para o próprio umbigo e junto com uma nova liderança, faça um projeto de governo que promova uma economia municipal auto-sustentável e que pense no coletivo, e não somente a manutenção do poder de um grupo político que só enxerga os próprios interesses e não tem olhos para as necessidades coletivas do povo esplanadense. “Basta do “doto” e da Cruz, amém.”
Professor Ari, O Iconoclasta, Esplanada, 30 de junho de 2010 às 11h10minminutos.

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