sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A PRAÇA CLAMA POR NÓS

Este grupo político ao nos impor o atual mandato-tampão, instituiu uma nova forma de se relacionar com o movimento trabalhista em nossa cidade. Depois dos “afagos” do Basta da Cruz com os aumentos consecutivos de salários e depois culminando com dois anos de rateio do Fundeb (2007 e 2008), passou no atual mandato-tampão, a resistir em receber o SINDSERME, não atender as reivindicações do servidor, e impondo a deflagração de uma greve que durou mais que 30 dias. Fato inédito, salvo engano, no mandato do Basta da Cruz.
Quais razões que levaram esse grupo político a endurecer sua abordagem do trabalhismo e das relações com o SINDSERME no atual governo? Não são as mesmas caras nos mesmos cargos? Será que diretorias de sindicato não pelegas, são antipáticas ao poder municipal? A crise mundial de 2008 não pode ser usada como desculpa. Afinal, até outubro de 2009, o governo do Sr. Diolando já tinha gasto cerca de 58 milhões de reais!
Será que foi a onerosa folha de cargos comissionados e de confiança das alianças políticas, da estrutura de cabos eleitorais e de privilégios desse grupo? Fornecer aumento ao servidor, melhorar as condições de trabalho etc. implicaria em gastos que poderia tirar recursos da máquina de poder que se tornou a prefeitura de Esplanada. Na condição de mandato-tampão, portanto, transitório, tem a função de orquestrar a volta do Beato-Mor, o qual anda trabalhando nos bastidores e procurando dissociar sua figura política da atual gestão. Dessa forma não tem o menor compromisso com a população. Seu objetivo é a manutenção da estrutura de poder desse grupo.
Mas algo é mais intrigante para o escritor que vos fala. Por que o mesmo servidor que em sua maioria adere aos movimentos de paralisação não vem para a Praça externar sua insatisfação. Só a consegue externar faltando ao trabalho, mas não vindo ao sagrado palco do povo, que é a Praça, se manifestar. Será que foi “os olhos e ouvidos do rei” representado pela câmera do Sr. Júnior Porto? Secretário de Lazer e Desportos que não tem nem um lugar para trabalhar, como tantos outros secretários. Por que assumir-se manifestante na Praça de Esplanada é tão intimidador? A praça não é do povo como dizia Caetano? Então por que não podemos “balançar o chão” da Praça como dizia Moraes Moreira? O que nos impede de exercer o exorcizante direito de manifestação pública?
Será que é o receio de ser visto na Praça e correr o risco de não ter nossos pedidos atendidos pelo Grande Pai, no caso, a prefeitura municipal? Será que é o receio de perder o sacana e explorador “desdobramento”? Será que é a possibilidade de perder a bolsa da Unopar? Será que é porque temos um irmão, pai ou mãe com algum cargo de confiança? Será que é por causa do pagamento da prefeitura de algum transporte? Será por causa do colega Guarda - Municipal que vai tomar o lugar do outro por causa do adicional noturno, se o colega aderir a greve? Será que temos parentes e amigos que têm empresas que prestam serviços a prefeitura? Será que algum parente nosso teve sua operação paga pelo Beato-Mor? Nada disso justifica o abandono do legítimo direito de vir até a Praça e se manifestar enquanto cidadãos. O que é lamentável é lembrar quantos trabalhadores morreram pra gente hoje desfrutar desse direito que teimamos em desprezar por motivos tão alienantes e banais.
Eu sei. O estado é um patrão diferenciado. Ele não nos paga só um salário e pronto. Ele é o grande Leviatã. O monstro com vários tentáculos a nos seduzir. A dizer em nossos ouvidos: ”O mundo é assim mesmo. Não se pode mudá-lo”.
Para muitos, talvez seja melhor aderir ao Leviatã e se tornar mais um dos seus tentáculos, do que ver o mundo como uma coisa dinâmica e sujeita a transformações, tendo nossa ação como combustível. Outros tantos dizem: “Isso é coisa pra idealistas, pra sindicalistas “estrangeiros” ao nosso “curral” esplanadense.
Pois caro servidor público de esplanada, eu vos digo que a fraqueza do SINDSERME, é a nossa fraqueza. Buscamos abrigo no sindicato para as nossas ações trabalhistas (FGTS). Elas estão em curso e estão sendo gradativamente pagas. O sindicato tem mais de 1.000 filiados e onde estão eles no momento de uma manifestação na praça? Será que nos tornamos membros por causa de contendas judiciais trabalhistas, objetivando só o lado financeiro?
Vamos deixar de lado a dimensão política da ação sindicalista porque ela nos expõe ao Leviatã provinciano? Será que acocorados na busca de migalhas, não estamos levantando os olhos para ver e assim comermos o banquete? Será que não lucraríamos muito mais como pessoas e como cidadãos se nos uníssemos na condição de trabalhadores? O apelo do Manifesto Comunista de Carl Marx, nunca foi tão atual: Trabalhadores do mundo, UNI-VOS! Leia-se trabalhadores de Esplanada, parem de catar grãos de feijão embaixo da mesa do patrão e se assumam como classe social.
O sindicalismo com base participativa e forte é a única forma de fazer os dominadores tremerem. Fará que com os velhos e novos ricos do estado burguês da nossa cidade parem com sua arrogância e nos respeitem como pessoas e parem de nos ver como massa de manobra facilmente manipulável com as sobras do banquete do poder.
Inspirado pelos poemas abaixo, faço um apelo aos meus colegas servidores públicos de esplanada, sabendo que já evoluímos muito só pelo fato de estarmos parando as atividades. Estamos todos nós, ainda aprendendo a ser cidadão. É um aprendizado diário e eterno. Romper com o medo e com as explicações enganosas sobre o mundo requer tempo e consciência. Confio em nosso potencial de nos tornamos trabalhadores livres e unidos.

Esperançosos
Pelo que esperam?
Que os surdos se deixem convencer?
E que os insaciáveis
Lhes devolvam algo?
Os lobos, por “amizade”, se alimentarão de ti em vez de devorá-lo!
Os tigres convidarão
A lhes arrancarem os dentes!
É por isso que esperam?

O Analfabeto Político
"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Nada é impossível de Mudar
"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar."

Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence."

Bertolt Brecht (1898-1956)

Professor Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 22 de setembro às 19h08min.

PBBbetoldoBBBBBBBBBBBEle

A PRAÇA CLAMA POR NÓS


Este grupo político ao nos impor o atual mandato-tampão, instituiu uma nova forma de se relacionar com o movimento trabalhista em nossa cidade. Depois dos “afagos” do Basta da Cruz com os aumentos consecutivos de salários e depois culminando com dois anos de rateio do Fundeb (2007 e 2008), passou no atual mandato-tampão, a resistir em receber o SINDSERME, não atender as reivindicações do servidor, e impondo a deflagração de uma greve que durou mais que 30 dias. Fato inédito, salvo engano, no mandato do Basta da Cruz.
Quais razões que levaram esse grupo político a endurecer sua abordagem do trabalhismo e das relações com o SINDSERME no atual governo? Não são as mesmas caras nos mesmos cargos? Será que diretorias de sindicato não pelegas, são antipáticas ao poder municipal? A crise mundial de 2008 não pode ser usada como desculpa. Afinal, até outubro de 2009, o governo do Sr. Diolando já tinha gasto cerca de 58 milhões de reais!
Será que foi a onerosa folha de cargos comissionados e de confiança das alianças políticas, da estrutura de cabos eleitorais e de privilégios desse grupo? Fornecer aumento ao servidor, melhorar as condições de trabalho etc. implicaria em gastos que poderia tirar recursos da máquina de poder que se tornou a prefeitura de Esplanada. Na condição de mandato-tampão, portanto, transitório, tem a função de orquestrar a volta do Beato-Mor, o qual anda trabalhando nos bastidores e procurando dissociar sua figura política da atual gestão. Dessa forma não tem o menor compromisso com a população. Seu objetivo é a manutenção da estrutura de poder desse grupo.
Mas algo é mais intrigante para o escritor que vos fala. Por que o mesmo servidor que em sua maioria adere aos movimentos de paralisação não vem para a Praça externar sua insatisfação. Só a consegue externar faltando ao trabalho, mas não vindo ao sagrado palco do povo, que é a Praça, se manifestar. Será que foi “os olhos e ouvidos do rei” representado pela câmera do Sr. Júnior Porto? Secretário de Lazer e Desportos que não tem nem um lugar para trabalhar, como tantos outros secretários. Por que assumir-se manifestante na Praça de Esplanada é tão intimidador? A praça não é do povo como dizia Caetano? Então por que não podemos “balançar o chão” da Praça como dizia Moraes Moreira? O que nos impede de exercer o exorcizante direito de manifestação pública?
Será que é o receio de ser visto na Praça e correr o risco de não ter nossos pedidos atendidos pelo Grande Pai, no caso, a prefeitura municipal? Será que é o receio de perder o sacana e explorador “desdobramento”? Será que é a possibilidade de perder a bolsa da Unopar? Será que é porque temos um irmão, pai ou mãe com algum cargo de confiança? Será que é por causa do pagamento da prefeitura de algum transporte? Será por causa do colega Guarda - Municipal que vai tomar o lugar do outro por causa do adicional noturno, se o colega aderir a greve? Será que temos parentes e amigos que têm empresas que prestam serviços a prefeitura? Será que algum parente nosso teve sua operação paga pelo Beato-Mor? Nada disso justifica o abandono do legítimo direito de vir até a Praça e se manifestar enquanto cidadãos. O que é lamentável é lembrar quantos trabalhadores morreram pra gente hoje desfrutar desse direito que teimamos em desprezar por motivos tão alienantes e banais.
Eu sei. O estado é um patrão diferenciado. Ele não nos paga só um salário e pronto. Ele é o grande Leviatã. O monstro com vários tentáculos a nos seduzir. A dizer em nossos ouvidos: ”O mundo é assim mesmo. Não se pode mudá-lo”.
Para muitos, talvez seja melhor aderir ao Leviatã e se tornar mais um dos seus tentáculos, do que ver o mundo como uma coisa dinâmica e sujeita a transformações, tendo nossa ação como combustível. Outros tantos dizem: “Isso é coisa pra idealistas, pra sindicalistas “estrangeiros” ao nosso “curral” esplanadense.
Pois caro servidor público de esplanada, eu vos digo que a fraqueza do SINDSERME, é a nossa fraqueza. Buscamos abrigo no sindicato para as nossas ações trabalhistas (FGTS). Elas estão em curso e estão sendo gradativamente pagas. O sindicato tem mais de 1.000 filiados e onde estão eles no momento de uma manifestação na praça? Será que nos tornamos membros por causa de contendas judiciais trabalhistas, objetivando só o lado financeiro?
Vamos deixar de lado a dimensão política da ação sindicalista porque ela nos expõe ao Leviatã provinciano? Será que acocorados na busca de migalhas, não estamos levantando os olhos para ver e assim comermos o banquete? Será que não lucraríamos muito mais como pessoas e como cidadãos se nos uníssemos na condição de trabalhadores? O apelo do Manifesto Comunista de Carl Marx, nunca foi tão atual: Trabalhadores do mundo, UNI-VOS! Leia-se trabalhadores de Esplanada, parem de catar grãos de feijão embaixo da mesa do patrão e se assumam como classe social.
O sindicalismo com base participativa e forte é a única forma de fazer os dominadores tremerem. Fará que com os velhos e novos ricos do estado burguês da nossa cidade parem com sua arrogância e nos respeitem como pessoas e parem de nos ver como massa de manobra facilmente manipulável com as sobras do banquete do poder.
Inspirado pelos poemas abaixo, faço um apelo aos meus colegas servidores públicos de esplanada, sabendo que já evoluímos muito só pelo fato de estarmos parando as atividades. Estamos todos nós, ainda aprendendo a ser cidadão. É um aprendizado diário e eterno. Romper com o medo e com as explicações enganosas sobre o mundo requer tempo e consciência. Confio em nosso potencial de nos tornamos trabalhadores livres e unidos. Amém.
FaçFO pior analfabeto
É o analfOs Esperançosos
Pelo que esperam?
Que os surdos se deixem convencer?
E que os insaciáveis
Lhes devolvam algo?
Os lobos, por “amizade”, se alimentarão de ti em vez de devorá-lo!
Os tigres convidarão
A lhes arrancarem os dentes!
É por isso que esperam?

O Analfabeto Político
"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Nada é impossível de Mudar
"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar."

Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence."

Bertolt Brecht (1898-1956)

Professor Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 22 de setembro às 19h08min.

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