terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O “SISTEMA É OCULTO”NO BANCO DO BRASIL

O Banco do Brasil registrou no segundo trimestre de 2009 um lucro líquido de R$ 2,348 bilhões, o que representa um crescimento de 42,8% em relação ao mesmo período de 2008 (3,992 bilhões). No segundo trimestre de 2009 alcançou a sétima posição dentre os bancos mais lucrativos das Américas.
Esses dados iniciais acima foram retirados da Wikipédia. Eles certamente são verdadeiros, mesmo levando em consideração que a Internet às vezes não seja uma fonte fidedigna. Pois bem, para explicar tamanho sucesso financeiro, talvez o Banco do Brasil recorra a expedientes escusos que quando são questionados se atribui a responsabilidade ao “Sistema”. Mas se pergunta: quem configura o “Sistema” que controla as operações financeiras de um banco, não são os seus administradores?
A minha indignação decorre do fato de recentemente eu ter contraído um empréstimo no valor de R$ 1.500,00 nesse ilustre Banco, e no final dessa operação só ter tido acesso a R$ 1.120,00. Porque o resto, cerca de um quinto, ou seja, R$ 380,00, o Banco do Brasil, se apropriou, afirmando segundo seu gerente em Esplanada, que se tratava de uma dívida de taxas e multas pelos serviços prestados pelo Banco do Brasil, a esse humilde correntista.
O fato, é que durante mais de seis meses, o famoso “Sistema” do Banco do Brasil permitia de forma conveniente o crescimento de uma dívida oculta em minha conta. Achava eu por displicência, assumo, que o desconto do valor em juros por utilizar o limite, já englobava os onerosos R$ 16,00 só para manter a conta e o próprio limite de R$ 500,00.
Só que acontecia o seguinte. O desconto em torno do dia 30 de cada mês quando entrava o salário de administrativo da Prefeitura, só representava os juros do uso do limite. Como ficou “acertado” que desconto do valor referente à manutenção da conta seria feito no dia 05 de cada mês. O que era que o anônimo, inconsciente e perversamente orientado “Sistema” fazia? Deixava em estado latente, sem o ex-correntista que vos fala saber, uma dívida de R$ 16,00, referente ao custo de manutenção da conta e mais uma multa escandalosa de R$ 30,00, durante mais de 6 meses. Então, quando a taxa de manutenção de R$ 16.00 entrava, meu saldo já estava devedor e por isso era debitada a referida multa de R$ 30,00. Essa dinâmica, como já foi dito, aconteceu por mais de 6 meses.
Resultado. Fui ao Banco pedir um empréstimo consignado. O subgerente glacialmente olhou minha conta em seu “Sistema” e assentiu com o empréstimo. Só depois quando fui sacar o dito empréstimo é que descobrir essa “facada oculta” pelo nosso vetusto, porém nenhum pouco bobo e nem anônimo, Banco do Brasil.
Queixei-me à Ouvidoria do próprio Banco. O gerente local explicou todo esse processo. Para o Banco estava tudo sistemática e tecnicamente perfeito. Para mim, agora, ex-correntista desse histórico Banco do Brasil, isso foi uma tremenda de sacanagem financeira. Para mim foi falta de ética e sensibilidade. Também pudera, alguma fez o capital financeiro, mesmo um banco com domínio de ações do estado, vai teve pena de algum trabalhador? Que nada. Ele vai é explorá-lo mais ainda.
Eu pergunto: custava ao “Sistema” do Banco pelo menos me avisar em saldos e extratos, que eventualmente sempre tiro, a progressividade dessa dívida? Por que só deixou que o incauto cliente soubesse dessa situação, depois que foi descontado o dinheiro das multas e taxas, do seu empréstimo? O máximo que recebia era um aviso impreciso, que começou a aparecer há cerca de três meses no Caixa Eletrônico, dizendo que eu tinha pendências cadastrais. Por que não me avisaram antes? É resposta é simples. Má fé humana e não do “Sistema”. A coisa toda é feita para explorar os correntistas. É uma espécie de conspiração contra o cliente.
O Banco do Brasil S.A. é público. Por que explorar de forma tão desumana e cínica, os pobres, ignorantes, displicentes e impotentes correntistas do Banco do Brasil? Afinal, em qualquer crise, o próprio dinheiro do “zé povim” é quem vai socorrê-lo. Nem a concorrência da sua irmã Caixa Econômica, nem a do banco estrangeiro Bradesco, em nosso mercado local, é capaz de mudar a abordagem do Banco do Brasil. em relação aos seus clientes.
Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 16 de dezembro de 2010, às 13h12min.

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