terça-feira, 19 de outubro de 2010

NOSSO DESTINO: O NOVO MUNDO ESPACIAL

Quando órgãos de abrangência mundial reconhecem a tendência para aumento da temperatura com conseqüências desastrosas para todo o planeta, é realmente para se preocupar. Normalmente os representantes oficiais do capitalismo neoliberal querem aumentar suas taxas médias de lucro, sem estarem “nem aí” para as conseqüências para o meio ambiente. Porém, agora, é diferente. A própria ONU, num estudo recente prevê o aumento decimal da temperatura terrestre, mas que apesar disto, trará conseqüências desastrosas para todo o planeta.
Nenhum oráculo mitológico jamais previu que aquela frágil espécie saída do grupo dos primatas, chamada modernamente de hominídeos, que fabricava a cerca de 40.000 anos atrás instrumentos de pedra, seria capaz de desenvolver nos tempos atuais a capacidade de agir e transformar a natureza com tamanha sofisticação e abrangência que chegasse a alterar a temperatura do ecossistema mundial.
Parece que é certo que daqui a cem anos teremos com o aquecimento global, outras nefastas conseqüências, freqüentes maremotos, o fim das calotas polares dos extremos da terra, tsunamis, ameaça de extinção de várias espécies, inclusive a do próprio homem, se nações como os EUA e a China, não pararem de lançar monóxido de carbono na atmosfera.
O fato é que a questão ambiental hoje é um problema mundial e que ameaça a espécie humana. Em breve, teremos que estar migrando para colonizar outros planetas. Literalmente buscarmos um “Novo Mundo”, porque estamos esgotando a capacidade de renovação da nossa casa, o planeta Terra.
A ironia é que nesse “Novo Mundo” espacial vamos repetir a mesma abordagem predatória. Igualzinho ao que fizemos na África, na América do Sul e na Ásia. Ao esgotarmos as possibilidades ambientais de nosso planeta, estaremos mostrando que somos incapazes de parar nosso impulso autodestrutivo e suicida, paradoxalmente motivado por nossa busca incessante de ter mais lucro. Finalmente, nosso Thánatos interior, o deus grego da morte, exibirá toda sua força e Eros, o deus grego do amor, como Jesus, será assassinado. Só que agora se assassinará toda a espécie humana.
A ciência e a tecnologia capazes de agredir de forma não sustentável o planeta, praticamente é do domínio de todas as nações do mundo. Não há mais espaços continentais a serem descobertos. Todo o mundo é conhecido e é conhecido entre si. Somos verdadeiramente uma aldeia global. Não só no sentido da capacidade de locomoção e comunicação, mas também no sentido de termos todos igualmente a capacidade para agredirmos o planeta.
O que nos resta agora, antes de buscarmos espaços siderais, é diminuirmos as taxas de lucro dos oligopólios mundiais, para investirmos em duas frentes: a busca de combustíveis alternativos e sustentáveis, e ao mesmo tempo a diminuição imediata da emissão de gases tóxicos na atmosfera.

Professor Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 20 de outubro de 2010, às 20h09minmin.
Leia esse e outros textos no blog de idéias arioiconoclasta.blogspot.com/

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