quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DA NECESSIDADE DE UMA TERCEIRA VIA DE GESTÃO EM ESPLANADA

Recentemente em seu Blog Ciro Gomes afirmou categoricamente que a polarização da vida política do país em torno do PSDB e do PT faz mal ao país. Disse que esse comportamento da classe política e do povo brasileiro acaba por inibir a possibilidade de se enxergar outras vertentes, outras visões e outras forças políticas no país.
Em nossa cidade acontece algo parecido. A polarização Aldemir X Grisi é antipática e esgotada. Já está mais que na hora dos eleitores esplanadenses superarem esta polarização (Leia-se o confronto político de Grisi e Aldemir) que tanto faz mal a saúde político-administrativa da nossa cidade.
É consenso na sociedade esplanadense a necessidade uma terceira via de gestão no poder executivo local. O esgotamento do modelo condução da coisa pública do atual grupo no poder é notório. Os anseios dos trabalhadores e dos setores médios não foram atendidos.
A colocação da abundância de recursos a serviço da concentração de renda, da manipulação eleitoral, da criação de um projeto de poder e não de um projeto de governo, é clara, ao se evidenciar a extrema dependência dos recursos da prefeitura para tocar a economia local.
O aparecimento de empresas como a NDL que dinamizaram o comércio, o mercado de aluguéis e o de empregos, não dependeu em nada da ação do prefeito anterior ao atual. Os esplanadenses não podem ficar dependentes da chegada por puro acaso de surtos de dinamismo de origem externa em sua economia.
O poder executivo junto aos setores produtivos tem que ter um papel ativo na geração de emprego e renda para a classe trabalhadora do nosso município.
Justificada a necessidade da terceira via de gestão vamos analisar qual seria seu perfil. Em princípio é óbvio que ela terá que ser a negação de tudo que tem sido feito pelo perverso binômio ideológico que habita o imaginário eleitoral do povo de Esplanada.
No livro do velho testamento do profeta Daniel existe o relato da interpretação de um sonho que perturbava o reio Nabucodonosor. Nele, o rei teve a visão de uma estátua gigante que tinha o pés de barro, as pernas de cobre, e a medida que se subia em direção a cabeça os metais iam ficando mais raros e valioso na constituição dos membros desta estátua, até culminar com a cabeça de ouro.
Fazendo uma analogia entre a estátua do sonho do rei Nabucodonosor e a terceira via de gestão necessária em Esplanada, o que se pode dizer é que é dos pés de barro até a cabeça de ouro, que podem representar do simples eleitor até a estrutura política dos dois grupos políticos que se confrontam em Esplanada, há tanto tempo e que teimam em se vender como as únicas opções possíveis. O que não é verdade. É que deve nascer a terceira via de gestão para ocupar o poder executivo e legislativo em Esplanada.
Da negação dos vícios e distorções das lideranças destes dois grupos o é que deve nascer a realização de um projeto de governo que contemple a necessidade de geração de empregos privados através dos investimentos públicos, o direcionamento do poder de compra da prefeitura para os fornecedores locais sempre que possível e distribuído de forma eqüitativa. De preferência com o pagamento em dia para os fornecedores de produtos e serviços. O estímulo da ampliação da prestação de serviços públicos através de instituições estaduais e federais. A contratação de consultoria que estruture a burocracia administrativa da prefeitura. O executivo terá que também estimular o tratamento industrial das nossas matérias-primas principais tais, como o leite, o coco e a madeira das florestas homogêneas, além de estimular o turismo e agricultura de subsistência e comercial tanto na região da praia como nos assentamentos. É imprescindível um projeto para a educação local que qualifique os professores, lhes pague melhores salários e dê lhes dê boas condições de trabalho.
Cidadãos esplanadenses! Sustentamos anos a fio esta polarização política entre estes dois nomes, está mais que na hora de termos a ousadia de sairmos desta armadilha ideológica que nos foi imposta. Temos que ter ousadia e amar realmente nossa cidade e seu povo e transcender esse binômio político. Sustentar esta polarização parece sustentar mais nossos interesses pessoais e egoísticas que os interesses do nosso município.
Professor Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 17 de Abril de 20109, às 10h50min
Leia e comente outros textos no blog: arioiconoclasta.blogspot.com/

Nenhum comentário: