JOAQUIM BARBOSA, UM BRASILEIRO APENAS
 Oh! Como é bom pra nossa consciência social
 como é bom ter
 o mais novo amortecedor de tensões morais e cidadãs de país.
 País que continua sem superar a sua condição de país terceiro mundista
 não respeitando a condição dinâmica, de movimento
 do conceito de "país em desenvolvimento".
 Um eufemismo enganador dos dominadores do hemisfério norte
 pra nos dar a ilusão que um dia chegaremos lá.
 Temos agora um novo super-herói brasileiro
 Joaquim Barbosa, "o menino pobre que mudou o Brasil"
 Mania maldosa do sistema 
 em realçar sempre o indivíduo
 em cultuar o indivíduo
 o chamado self the man
 o american waw of life
 A noção de coletividade, de cooperação não tem o mesmo realce
 em nossa ações cotidianas
 temos que vencer a qualquer preço
 temos que mentir 
 temos que nos camuflar
 temos que puxar-saco
 temos que ser cegos
 pra ter espaços econômicos e de poder.
 O mais egoísta, o mais pobre, o mais demagogo e
 o mais falso profeta dos sujeitos
 se tiver sucesso nesse mundo
 ele será respeitado é cultuado
 Se pelo bem ou pelo mal
 o importante é o indivíduo vencer.
 Quando alguém vence pelo mérito 
 é deificado de forma perversa e manipuladora
 pra colocar culpa no brasileiro comum
 de um negro pobre conseguiu vencer barreiras sociais e intelectuais
 Então por que ele não consegue?
 Igualzinho ao nosso macunaíma às avessas do judiciário brasileiro.
 As redes sociais elegeram Joaquim Barbosa 
 o paladino da justiça
 o nosso Elliot Ness do poder judiciário brasileiro
 Os exageros, o grotesco, o bizarro, o imoral
 mesmo estando em nome do poder político
 a serviço do poder religioso
 é cultuado
 nos últimos 12 anos temos "ene" exemplos em nossa cidade
 Ficamos como que fascinados pela prosperidade fácil e enganosa
 dos corruptos e do corruptor da nossa cidade
 A exceção à regra Joaquim Barbosa 
 é colocado na condição de super-homem
 para que nós
 que não somos super-heróis, ou semi-deuses
 nós, simples mortais
 aliviemos nossa consciência. 
 Porque tal integridade e coragem não são humanas
 não pertencem a esse mundo.
 Melhor então nos aliarmos
 aos indivíduos que usam os caminhos escusos
 os caminhos mundanos
 Somos íntimos desses caminhos
 sabemos seus atalhos
 Esses indivíduos nefastos
 são humanos, não são vilões
 são como nós.
 Ari, O Iconoclasta
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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