terça-feira, 30 de abril de 2013

JOAQUIM BARBOSA, UM BRASILEIRO APENAS


 Oh! Como é bom pra nossa consciência social
como é bom ter
o mais novo amortecedor de tensões morais e cidadãs de país.
País que continua sem superar a sua condição de país terceiro mundista
não respeitando a condição dinâmica, de movimento
do conceito de "país em desenvolvimento".
Um eufemismo enganador dos dominadores do hemisfério norte
pra nos dar a ilusão que um dia chegaremos lá.
Temos agora um novo super-herói brasileiro
Joaquim Barbosa, "o menino pobre que mudou o Brasil"
Mania maldosa do sistema
em realçar sempre o indivíduo
em cultuar o indivíduo
o chamado self the man
o american waw of life
A noção de coletividade, de cooperação não tem o mesmo realce
em nossa ações cotidianas
temos que vencer a qualquer preço
temos que mentir
temos que nos camuflar
temos que puxar-saco
temos que ser cegos
pra ter espaços econômicos e de poder.
O mais egoísta, o mais pobre, o mais demagogo e
o mais falso profeta dos sujeitos
se tiver sucesso nesse mundo
ele será respeitado é cultuado
Se pelo bem ou pelo mal
o importante é o indivíduo vencer.
Quando alguém vence pelo mérito
é deificado de forma perversa e manipuladora
pra colocar culpa no brasileiro comum
de um negro pobre conseguiu vencer barreiras sociais e intelectuais
Então por que ele não consegue?
Igualzinho ao nosso macunaíma às avessas do judiciário brasileiro.
As redes sociais elegeram Joaquim Barbosa
o paladino da justiça
o nosso Elliot Ness do poder judiciário brasileiro
Os exageros, o grotesco, o bizarro, o imoral
mesmo estando em nome do poder político
a serviço do poder religioso
é cultuado
nos últimos 12 anos temos "ene" exemplos em nossa cidade
Ficamos como que fascinados pela prosperidade fácil e enganosa
dos corruptos e do corruptor da nossa cidade
A exceção à regra Joaquim Barbosa
é colocado na condição de super-homem
para que nós
que não somos super-heróis, ou semi-deuses
nós, simples mortais
aliviemos nossa consciência.
Porque tal integridade e coragem não são humanas
não pertencem a esse mundo.
Melhor então nos aliarmos
aos indivíduos que usam os caminhos escusos
os caminhos mundanos
Somos íntimos desses caminhos
sabemos seus atalhos
Esses indivíduos nefastos
são humanos, não são vilões
são como nós.
Ari, O Iconoclasta

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