Ó
Esplanada que tristeza
Até
quando vais ainda servir de repasto para os abutres famintos do
poder?
Até
quando vai deixar seus filhos morrerem a míngua?
Suas
riquezas cantada em hino cívico
Serve
ao nepotismo e à ganância
Religiosidades
falsas e mundanas
aplacam
a angústia sincera de sua população pobre
Esplanada,
tu não precisas de Salvadores
Eles
é que se apropriam de suas riquezas
Tu
és que serves de mãe acolhedora e inocente dos canalhas que te
elogiam
E
te comandam
A
aparente opulência do seu Centro Administrativo
Serve
apenas para esconder conspirações ambiciosas
Eles
estimulam a cultura do silêncio
São
como “sepulcros caiados” belos por fora
No
entanto, só servem para esconder a podridão da matéria
Esplanada
tens que soltar um grito libertário
Tens
que evoluir para outros patamares de convivência
Não
podes ficar refém da mentalidade provinciana de alguns
Tens
potencial para seres verdadeiramente uma estrela
E
iluminar seus filhos pobres
De
verdadeira dignidade.
Ari,
O Iconoclasta. Esplanada, 26 de abril de 2012, às 12h34min.