sexta-feira, 13 de abril de 2012

E SE DER O MENINO?




Todo mundo sabe. Uma eleição quase sempre se ganha com o poder do dinheiro e da máquina administrativa. A “máquina”, como próprio nome já diz é muito poderosa e eficiente. Afinal, troca de turnos, gratificações salariais, transporte, reformas de casas e operações para alguns “escolhidos”, costumam “comprar” os votos dos eleitores. Ainda mais, quando esses benefícios que deveriam ser impessoais e coletivos na figura do estado, se transformam em ações tidas como pessoais do mau político que aparece como benfeitor da comunidade que explora.
Mas uma eleição também não é somente um fenômeno social previsível e estatístico. Ela costuma pregar peças. Quem diria que Jacques Wagner iria vencer sua primeira eleição para governador? Há de algo de imponderável, passional e imprevisível numa eleição. É como jogo de futebol. Nem sempre os favoritos vencem. É como uma paixão por um time, a razão não explica.
Durante uma eleição, cidadania, passionalidade e interesses se mesclam e configuram determinados comportamentos eleitorais. É possível que esse grupo desgastado com os 8 anos de governo de José Aldemir e os 4 de Diolando esteja dando adeus ao poder nas próximas eleições.
Talvez os eleitores mais pobres não queiram mais esse grupo no poder. O eleitor talvez esteja cansado de ser manipulado eleitoralmente. Talvez ele não se sinta mais obrigado votar na situação e mesmo recebendo certos “benefícios” votem na oposição.
Um candidato de oposição que tem carisma, retórica e capacidade de trabalho para absorver esses votos e ganhar a próxima eleição é Rodrigo de Dedé. Rodrigo tem feito um trabalho incansável de vigilância das ações do poder executivo e legislativo da nossa cidade. Tem sido o principal canal de expressão das insatisfações populares. Pode ocorrer um crescimento eleitoral incontrolável e irreversível e o “menino” ganhar essas eleições.
Boa parte do setor médio está estabelecidos no poder público municipal e não quer mudança. Se organizou e tirou Fernando Grisi do poder e colocou Aldemir/Diolando. Já estão 12 anos no poder e não vão largar esse bolo. Resta uma possibilidade, que a população mais pobre provocada pelo discurso de indignação e mudança de Rodrigo de Dedé, dê uma rasteira neles.
Precisamos respirar novos ares administrativos, inspirados por exemplo, nas ações do PT através dos trabalhos de Anselmo Machado, quando diretor do ACM e no trabalho de Pondé, quando esteve à frente da Secretaria de Agricultura.
O poder municipal não pode ser transformado em algo particular e pessoal. As ações do poder executivo têm que ser pautadas no princípio da humanidade, eficiência e impessoalidade. O poder não poder ser exercido na cozinha, no bar, no culto religioso, no rito de candomblé ou na fazenda de ninguém.
Precisamos ter uma filosofia de governo que norteie as ações do poder executivo na saúde, na educação e na contribuição que o poder executivo pode dar para o desenvolvimento sustentável da economia local.
Essa é a esperança que a candidatura de um político do calibre de Rodrigo de Dedé deve despertar na população eleitoral de Esplanada.
Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 08 de abril de 2012, às 22h26min.

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