Todo mundo sabe. Uma eleição quase sempre se ganha com
o poder do dinheiro e da máquina administrativa. A “máquina”,
como próprio nome já diz é muito poderosa e eficiente. Afinal,
troca de turnos, gratificações salariais, transporte, reformas de
casas e operações para alguns “escolhidos”, costumam “comprar”
os votos dos eleitores. Ainda mais, quando esses benefícios que
deveriam ser impessoais e coletivos na figura do estado, se
transformam em ações tidas como pessoais do mau político que
aparece como benfeitor da comunidade que explora.
Mas uma eleição também não é somente um fenômeno
social previsível e estatístico. Ela costuma pregar peças. Quem
diria que Jacques Wagner iria vencer sua primeira eleição para
governador? Há de algo de imponderável, passional e imprevisível
numa eleição. É como jogo de futebol. Nem sempre os favoritos
vencem. É como uma paixão por um time, a razão não explica.
Durante uma eleição, cidadania, passionalidade e
interesses se mesclam e configuram determinados comportamentos
eleitorais. É possível que esse grupo desgastado com os 8 anos de
governo de José Aldemir e os 4 de Diolando esteja dando adeus ao
poder nas próximas eleições.
Talvez os eleitores mais pobres não queiram mais esse
grupo no poder. O eleitor talvez esteja cansado de ser manipulado
eleitoralmente. Talvez ele não se sinta mais obrigado votar na
situação e mesmo recebendo certos “benefícios” votem na
oposição.
Um candidato de oposição que tem carisma, retórica e
capacidade de trabalho para absorver esses votos e ganhar a próxima
eleição é Rodrigo de Dedé. Rodrigo tem feito um trabalho
incansável de vigilância das ações do poder executivo e
legislativo da nossa cidade. Tem sido o principal canal de expressão
das insatisfações populares. Pode ocorrer um crescimento eleitoral
incontrolável e irreversível e o “menino” ganhar essas
eleições.
Boa parte do setor médio está estabelecidos no poder
público municipal e não quer mudança. Se organizou e tirou
Fernando Grisi do poder e colocou Aldemir/Diolando. Já estão 12
anos no poder e não vão largar esse bolo. Resta uma possibilidade,
que a população mais pobre provocada pelo discurso de indignação
e mudança de Rodrigo de Dedé, dê uma rasteira neles.
Precisamos respirar novos ares administrativos,
inspirados por exemplo, nas ações do PT através dos trabalhos de
Anselmo Machado, quando diretor do ACM e no trabalho de Pondé,
quando esteve à frente da Secretaria de Agricultura.
O poder municipal não pode ser transformado em algo
particular e pessoal. As ações do poder executivo têm que ser
pautadas no princípio da humanidade, eficiência e impessoalidade. O
poder não poder ser exercido na cozinha, no bar, no culto religioso,
no rito de candomblé ou na fazenda de ninguém.
Precisamos ter uma filosofia de governo que norteie as
ações do poder executivo na saúde, na educação e na contribuição
que o poder executivo pode dar para o desenvolvimento sustentável da
economia local.
Essa é a esperança que a candidatura de um político
do calibre de Rodrigo de Dedé deve despertar na população
eleitoral de Esplanada.
Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 08 de abril de 2012, às
22h26min.
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