segunda-feira, 20 de junho de 2011

CLIENTELISMO EM ESPLANADA

O clientelismo é a porta da corrupção política e o pai e a mãe das irregularidades e do uso da "máquina administrativa" com finalidades perversas e no final da história os prejudicados são a maioria dos cidadãos e cidadãs que cumprem com seus deveres.
O brasileiro acredita ingenuamente que os "políticos de plantão" resolverão seus problemas, transferindo a eles suas responsabilidades e autoridade. Esquecem que estes, devido ao modo de se fazer política no Brasil, defenderão seus interesses e de seus pares e raramente servirão aos interesses de seus eleitores ou seguirão os princípio e valores de seus partidos.
Clientelismo é a utilização dos órgãos da administração pública com a finalidade de prestar serviços para alguns privilegiados em detrimento da grande maioria da população, através de intermediários, que podem ser afiliados políticos, prefeitos, vereadores, servidores públicos, deputados, secretários, pessoas influentes e pessoas do povo também.
O clientelismo tem a finalidade de amarrar politicamente o beneficiado. Os intermediários de favores prestados às custas dos cofres públicos, são os chamados clientelistas, despachantes de luxo ou traficantes de influências. O grande objetivo dos intermediários é o voto do beneficiado ou dinheiro. ((Fonte: site alertatotal.net)
Anselmo Machado já me alertava para a chamada intextualidade.Existe coisas que são tão bem ditas e verdadeiras que só nos resta fazer referências textuais na íntegra. Esse é o caso. Trazendo o arrazoado acima pra nossa realidade em Esplanada cabe algumas perguntas:
Alguém já ouviu falar de reformas e até construção de casas de particulares utilizando material e mão-de-obra ofertado pela prefeitura?
Alguém já ouviu falar do pagamento de operações que “salvam” vidas por alguma liderança local?
Alguem já ouviu falar na quantidade de cargos comissionados e de confiança que só tem a única função de “comprar” votos de chefes familiares e de chefes políticos?
Alguém já ouviu falar em superfaturamento de obras públicas?
Alguém já ouviu falar em indícios de enriquecimento ilícito?
São essas práticas que nos deixaram presos na disputa eleitoral entre dois chefes políticos locais. Perdemos a perspectivas da esperança de uma administração diferente, nova e melhor. É muito fácil a gente tornar vilão, ora um, ora outro e ficarmos como inocentes úteis. A corrupção, o autoritarismo, a hipocrisia dos políticos, nasce é no seio do povo mesmo.
Não existe uma separação entre eleitor e político. Eles se complementam. São faces da mesma moeda. Nenhum político clientelista se estrutura no poder sozinho. Setores médios e populares são a base da sua existência. Nós, o povo, somos profundamente cúmplices dessas práticas clientelistas.
Ao vermos um benefício imediato não hesitamos em nos render ao clientelismo. Ao sermos beneficiados com uma prática clientelista estamos excluindo o restante da população. Nenhum prática clientelista pode ser pra todos. Sua natureza é excludente. Ela feita para beneficiar alguns.
Uma comentarista do Esplanadanews disse que no jornal online que “tinha muita gente frustrada falando besteira porque não conseguia nada com os políticos”. Existe prova maior do que esta da nossa total despolitização? Notem a subserviência dessa afirmação. Reparem como “ingenuamente ela acredita que os "políticos de plantão" resolverão seus problemas, transferindo a eles suas responsabilidades e autoridade”.
O povo precisa ter consciência que tem em suas mãos o poder de exigir que estado funcione melhor. Não para beneficiar alguns e tornar as outras pessoas disputantes desses privilégios. Mas um estado que se humanize, preste melhores serviços e promova a autonomia e não a dependência dos seus munícipes. Amém.
Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 19 de junho de 2011, às 21h30min.

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