A VIDA É UM ATO FILOSÓFICO
 No Mito de Sisifo (1942), Albert Camus
 realça o absurdo da existência.
 E que a principal questão da filosofia
 não é a necessidade da apreensão do real
 Se o indivíduo pode chegar a verdade ou não
 e sim
 Se vale a pena existir nesse mundo ou não
 Ele coloca em pauta o suicídio.
 Vale a pena viver ou não?
 Essa é questão principal da filosofia proposta no Mito de Sísifo
 daí pode se derivar, a posteriori,  a relação da filosofia  com o real.
 Algumas jovens moças da cidade
 tentaram o suicídio tomando remédios.
 É uma característica feminina
 a não-violência no gesto de dar fim ao absurdo da existência.
 Elas não se atiram, não se jogam em precipícios
 Elas se recolhem e em silêncio
 atentam contra a própria vida.
 Por isso que elas entram em sono profundo
 como no conto de fadas
 esperam o acordar milagroso num mundo romantizado.
 O instinto de vida,  eros
 nos impele a vida
 mas não é pelo prazer em si
 é pelo prazer filosofado, subjetivado.
 Pessoas que buscam o suicídio 
 é porque perderam a subjetividade 
 que justifica e que dá sentido a continuidade da própria vida.
 Elas já não conseguem justificar sua própria existência
 Já não constroem  significados sociais, familiares, afetivos , políticos ou materiais no universo onde se encontram
 Então o suicídio aparece como opção
 Thanatos, o instinto de morte, vence.
 Qualquer um de nós
 em algum momento da vida
 já passou ou pode passar
 por momentos de desencanto, que questionam a validade do próprio existir.
 O suicídio é um tema tabu
 O animal homem é o único que pode decidir por ele
 O suicídio é uma opção da própria consciência
 É um momento de autonomia e liberdade
 sobre nossa misterioriosa existência.
 O suicídio é como uma tatuagem, uma marca 
 Mas também é uma revolta, uma insatisfação.
 Uns chegam a dizer uma covardia.
 Ari, Ari O Iconoclasta
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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