quinta-feira, 3 de março de 2011

JORNADA DE TRABALHO DE 8 OU 6 HORAS? EIS A QUESTÃO!

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um estudo intitulado “Indicadores chaves do mercado de trabalho”. Segundo esta pesquisa, embora a jornada de trabalho tenha sido reduzida nas últimas décadas em vários países, a produtividade mundial só aumentou no período. O mesmo estudo comprovou que a produtividade do trabalhador brasileiro está entre as menores do mundo, mais especificamente, na 44º colocação, dos 69 países pesquisados. Em contrapartida, a produtividade dos trabalhadores de países com jornada de trabalho inferior a 40 (quarenta) horas semanais, alcançou uma ótima colocação no ranking.
Quem imagina que quanto maior a jornada de trabalho maior vai ser a produtividade, equivoca-se. Na realidade, de acordo com o mencionado estudo da OIT, o que se viu foi justamente o contrário! As empresas aumentaram sua produtividade e seus lucros. Como se explica isso? Fácil: houve redução de doenças/ausências/acidentes de trabalho, inibiram-se os fatores de dispersão no trabalho, aumentou o nível de concentração nas tarefas, cresceu o índice de satisfação do trabalhador, melhorou o nível de organização do trabalho. (...) todos os indicadores de produtividade melhoraram após a adoção daquela jornada de trabalho, que se revela triplamente benéfica, pois:
1) Beneficia o servidor, que tem mais qualidade de vida e mais tempo para a qualificação pessoal e o convívio com a família, reduzindo-se as doenças relacionadas ao trabalho; 2) Beneficia o usuário do serviço público, já que há acréscimo de eficiência no desempenho do servidor; 3) Beneficia o órgão público, melhorando os seus indicadores de produtividade e eficiência.
A jornada reduzida e contínua tem o mérito de fazer confluir os interesses, tanto dos trabalhadores, como da própria Administração: no caso dos servidores, pelo tempo livre de que poderão usufruir, utilizando-o para sua capacitação e crescimento profissionais, lazer, cultura, e convívio familiar. No caso da Administração, porque contará com servidores mais produtivos porque mais saudáveis (mental e fisicamente), com maior capacidade de concentração no cumprimento de suas funções e mais eficiência. (Fonte: astajpb@gmail.com).
Certamente o governo de Esplanada não fez nenhum tipo de pesquisa para ver os benefícios historicamente detectados através da adoção da jornada contínua de 06 horas de trabalho. Em vez disso nos impôs uma jornada de 8 horas com intervalos de 2 horas em horários inconvenientes para quem estuda, viaja, cuida de um ente da família ou simplesmente, tem mais tempo para o convívio familiar. Algo tão raro nos tempos modernos.
A imposição não negociada como SINDSERME da jornada de 8 horas é uma medida inconveniente, antipática, politicamente incorreta de um governante autoritário, acostumado, certamente, a ter esse comportamento com seus funcionários nos tempos da sua fabriqueta de móveis e estofados.
Costumo dizer que esse grupo, tem nesse governo, a plataforma política para a volta triunfal do Beato-Mor. Cada vez mais me convenço disso. Desagradar um tão grande número de eleitores não é atitude de um político nato. Isso deve ter uma intenção espúria. Esse governo tem a função proposital de gerar saudades do arquiteto desse grupo político que já nos domina há uns 10 anos. Não vai me surpreender em nada o Beato-Mor gritar aos quatro ventos durante a campanha o retorno da jornada de 06 horas. Igualzinho como o prefeito atual fez na última eleição em relação ao Adicional Noturno dos Guardas-Municipais!
Não é passando mais tempo no trabalho durante a jornada de 8 horas que o governo vai ter funcionários mais assíduos e mais eficazes no desenvolvimento das suas atividades. Pelo contrário. O que a Prefeitura Municipal de Esplanada precisa é detectar as necessidades de mão-de-obra específicas para cada setor. Por exemplo, há uma demanda clara de Técnicos em Segurança do Trabalho. Afinal, tivemos duas mortes desnecessárias motivadas pela ausência de um profissional da área de segurança do trabalho que permitisse ver o iminente perigo de acidente na morte do operador de máquina na obra de acesso a Esplanada na BR 101, e na morte de uma moradora do Condomínio Canto dos Pássaros, (ou é melhor chamar de Cidade de Deus?), devido ao desmonoramento da tampa de uma fossa construída pela Prefeitura. Tampas de fossas que são verdadeiras armadilhas feitas sem base de alvenaria e divididas em duas partes unidas com cimento.
Essa tentativa desastrosa de “mostrar serviço”, deve ser pela culpa política e social do prefeito atual de ter onerado a folha de pagamento da prefeitura em pelo menos 350 mil reais com cargos de confiança e cargos comissionados para manter a máquina eleitoreira e a concentração de renda tão intensa promovida pelo grupo político, ora no poder, o qual o usou o slogan de campanha profundamente demagógico intitulado: O POVO NO PODER.
Ari, O Iconoclasta. Esplanada, 03 de março de 2011, às 19h31min. Leia esse e outros textos no blog arioiconoclasta.blogspot.com/ e acesse e vote nas enquetes da comunidade MUDA ESPLANADA!

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